[OPINIÃO] Rebel Moon: Parte I – A Menina do Fogo.

Rebel Moon busca ser uma abordagem mais madura de uma trama já familiar sobre rebeldes contra um império opressor, mas com diferenças o suficiente para justificar a criação de um novo universo. O filme acompanha a jornada de Kora, desertora do exército imperial, em sua missão de recrutar pessoas habilidosas para defender a lua, que ela adotou como seu novo lar.

Atualmente, já existem grupos considerados “terroristas” que lutam contra o Império, que ainda não aparentam ser uma grande ameaça a forma de controle vigente, no entanto, esse aspecto é pouco explorado na trama, deixando o contexto do filme mais centrado em uma luta pessoal por vingança ou liberdade local.

A protagonista, mesmo com uma apresentação mais explícita, possui carisma e demonstra ser uma personagem forte, capaz de derrotar qualquer inimigo com suas próprias mãos, lembrando o que Finn poderia ter sido na nova trilogia de Star Wars da Disney.

Surpreendentemente, o fato de Zack Snyder economizar tempo no filme, com uma trama de “apenas” 2 horas e 14 minutos, é um ponto negativo para o universo, que é interessante o suficiente para justificar uma exploração mais aprofundada. O curto tempo de tela não permite que o espectador mergulhe nas diferenças apresentadas, e alguns personagens, mesmo os favoritos, são introduzidos e esquecidos rapidamente. Esse problema, no entanto, não se aplica ao Admiral Atticus Noble, cuja participação é marcante, revelando sua monstruosidade e deixando uma impressão duradoura.

A arte, os designs dos alienígenas, as espadas “incandescentes” e as criaturas são, em sua maioria, belos, apoiados pelo considerável investimento em CGI da Netflix. No entanto, a fotografia, especialmente nas cenas de ação, por vezes parece confusa e perdida, com dificuldades em transmitir a sensação de uma luta épica, pois quando tudo é épico, nada realmente se destaca.

Rebel Moon: Parte I” não deve ser avaliado como uma obra completa. Há esperança de que muitos dos problemas de desenvolvimento de personagens sejam resolvidos na segunda parte.

Em resumo, o filme apresenta uma ambientação interessante, CGI de alta qualidade, personagens com potencial, mas perde pela falta de desenvolvimento na trama, tornando a Parte II necessária para uma avaliação completa. Divertido, mas está longe de ser um dos melhores filmes de Zack Snyder.

Crítica do nosso parceiro e colunista: William Pires

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