[CRÍTICA] Missão: Impossível – Protocolo Fantasma

Em 2011, Missão: Impossível chegava ao seu quarto filme e já se consagrava como uma das maiores franquias de ação no cinema – título que ainda carrega nos dias atuais. Protocolo Fantasma traz de volta o espião Ethan Hunt (Tom Cruise) num grandioso longa de ação, agora com o diretor Brad Bird (Os Incríveis) no comando, no todo, o ponto alto onde a exibição e o espetáculo se acomodaram na saga.

Vindo do mundo das animações, Brad Bird estreia na franquia e nos filmes com atores com louvor. Seus sucessos como Gigante de Ferro (1999) e Ratatouille (2007) fazem jus ao nome de Bird, que implementou suas técnicas em Missão: Impossível. Protocolo Fantasma repete o que vemos em Os Incríveis (2004), onde temos quatro integrantes que assumem o papel principal sem nunca invadir o espaço um do outro. Ainda que Ethan Hunt continue o protagonista, seus parceiros de trabalho se encontram em tela em seus devidos lugares resultando em uma bela dinâmica de grupo.

Gosto como Tom Cruise, apesar dos anos, jamais se desgasta como Hunt. É, aos olhos deste escritor, o papel de sua vida, mesmo não exigindo tanto dos dotes de atuação pedidos no terceiro filme, Cruise ainda sim é um perfeito protagonista de ação – especialmente por dispensar dublês e se dar ao papel nas cenas de ação. Seus colegas de trabalho não ficam atrás, Paula Patton é divina como a Agente Jane Carter (ainda que seja uma personagem facilmente descarta), Simon Pegg funciona como um ótimo alívio cômico e Jeremy Renner ganha espaço na trama como William Brandt sendo o único personagem ali mais interessante além de Ethan Hunt.

A trama deste quarto filme pouco inova ou cativa como seus antecessores, cujos objetivos do protagonista sempre superaram o show de luzes que este se revelou ser. Protocolo Fantasma não só repete a premissa do primeiro Missão: Impossível – agentes sendo falsamente acusados e precisando mostrar suas habilidades para remediar o caso – mas também preza muito mais os grandiosos momentos de sufoco e ação (como as cenas no Kremlin ou na aclamada sequência no edifício Burj Al Khalifa) à uma história que vale a pena dedicar seu tempo.

Missão: Impossível: Protocolo Fantasma é o instante da franquia onde o show de entretenimento ganha espaço. Ainda que continue sendo uma ótima franquia de espionagem com seus apetrechos tecnológicos fascinantes, o quarto filme da saga resolve se vender muito mais por suas sequencias de explosões e cortes rápidos de ação do que por uma trama bem feita e, no mais, envolvente.

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