A terceira temporada de Ginny & Georgia marca uma nova fase na série, mais madura, mais sombria e emocionalmente mais intensa. Depois dos eventos bombásticos do final da segunda temporada — com prisões, revelações e traumas vindo à tona — a série retorna focada nas consequências, nos relacionamentos em pedaços e na tentativa de reconstrução… se é que isso ainda é possível.
Georgia, agora enfrentando diretamente as consequências dos seus atos, começa a ser desvendada não só pela polícia, mas também por Ginny, que vive o conflito interno entre amar sua mãe ou condená-la. A dinâmica entre as duas segue sendo o coração da série, mas com uma carga emocional muito mais pesada. Ginny está mais forte, mais crítica e menos disposta a aceitar as mentiras em nome da proteção.
A temporada investe bastante no amadurecimento dos personagens. Ginny enfrenta seus traumas com mais profundidade, incluindo a terapia e seus conflitos internos. Já Georgia é forçada a lidar com o passado que sempre tentou enterrar — e, pela primeira vez, não consegue manipular todos à sua volta. Isso cria cenas fortes, repletas de tensão emocional e moral.
O núcleo secundário também evolui: Marcus, Abby, Maxine e outros personagens ganham camadas mais humanas, com foco em saúde mental, identidade e perdão. E sim, os romances continuam, mas com mais realismo e menos idealização.
O roteiro ainda brinca com humor ácido e diálogos afiados, mas está mais coeso. A trilha sonora e a fotografia seguem como pontos altos, ajudando a criar a atmosfera agridoce e imprevisível da série.
Veredito:
A 3ª temporada de Ginny & Georgia é a mais madura até agora. Menos focada em reviravoltas chocantes e mais em desenvolver os danos reais causados por anos de segredos e mentiras. É um drama inteligente, provocativo e emocionalmente potente, que continua a crescer junto com seus personagens.
Nota: 8,5/10
