Depois de nove anos, chegamos à última temporada da tão querida e clássica série da Netflix: Stranger Things. Desde a primeira temporada — simples, mas extremamente eficaz — a série só evoluiu. Ao contrário de tantas produções que começam bem e depois desmoronam, ST sempre subiu mais um degrau a cada ano. E para quem acompanhou tudo desde 2016 até agora, em 2025, a expectativa para esse final não poderia ser maior. É o fim de uma era.
O episódio inicial traz finalmente algo que sempre gerou dúvida: o que Will realmente viveu no Mundo Invertido. Mesmo com um CGI perceptível, a cena funciona. Ver o Will criança fugindo do Demogorgon, a sensação de desespero, e então a revelação de Vecna por trás de tudo… Era exatamente disso que o público precisava. Respostas claras.
A passagem de anos dentro da própria série também ajuda a justificar o elenco agora adulto. Seria estranho se tudo tivesse acontecido no mesmo período narrativo. E como em todo bom primeiro episódio, precisamos saber onde os personagens estão emocional e psicologicamente.
Dustin talvez seja o mais abalado — o sorriso que sempre definiu o personagem desapareceu junto com Eddie.
Mike amadureceu e se tornou um irmão exemplar para Holly, que aliás ganha destaque surpreendente.
Lucas segue mais sério, cuidando da Max, que continua em estado crítico.
Onze está obcecada por Vecna e por ficar mais forte — essa obsessão acaba sendo perigosa pra ela.
Joyce e Hopper seguem como os guerreiros de sempre.
Nancy, Jonathan, Steve e Robin tentam viver normalmente enquanto aguardam o inevitável confronto.
E Will… dessa vez parece mais conectado à Vecna do que nunca. Talvez o espião involuntário. Talvez mais importante do que imaginamos.
E aí surge um elemento novo: o militarismo tomando conta da cidade. A pergunta agora não é só como lutar contra o Mundo Invertido, mas como o mundo real vai reagir a essa invasão. A guerra se aproxima — e o medo de um final decepcionante existe. Mas, pessoalmente, acredito que Stranger Things tem tudo para ser uma obra completa do início ao fim.
Episódio 2 – O Pontapé da Guerra
“O Desaparecimento de Holly” marca o momento em que as coisas realmente começam a ficar sérias. O Demogorgon aparece diferente, inteligente, estratégico. A sequência na casa dos Wheeler é uma das mais tensas da temporada, principalmente com Holly e Karen na banheira, tentando sobreviver. Karen luta, mas é impossível vencer aquela criatura.
Will finalmente toma a frente. A explicação de Robin sobre a mente-colmeia funcionar como uma antena na cabeça dele é excelente — assim como o conflito com Joyce, que sempre quis protegê-lo demais. Ele é essencial. Era hora de agir.
Também descobrimos quem é o “Senhor Fulano”: Henry. Vecna. O 001. Escolha seu nome. Mas surge a grande pergunta: por que Holly?
Henry promete levar todos eles “para junto dele”. Mas o que significa isso? Hawkins de cabeça para baixo? O mundo inteiro tomado?
As perguntas ficam no ar — e deixam o episódio ainda mais intrigante.
Episódio 3 – A Maldição de Vecna
A aparição da Max para Holly é, sem dúvidas, um dos momentos mais impactantes do Volume 1. Isso levanta uma teoria muito forte:
Será que Holly está vivendo dentro da mente do Vecna?
Talvez todas as vítimas dele, inclusive a Max, estejam presas nesse mundo mental enquanto seus corpos permanecem em coma. Isso explicaria a insistência de Vecna em capturar mais pessoas.
Enquanto isso, os militares continuam sendo um problema gigantesco. Eles mantêm monstros vivos para estudo — o que não faz sentido nenhum. São criaturas mortais. Deveriam ser eliminadas imediatamente.
O mistério da porta vista pela Onze na mente do militar abre ainda mais possibilidades.
Se não é Vecna, então quem está ali?
O Devorador de Mentes completo?
Um novo monstro?
Uma mutação militar?
Apesar disso, o Volume 1 como um todo ainda não entregava tudo que eu esperava. As atuações parecem forçadas, a química entre alguns atores enfraqueceu e a história não fluía com a mesma naturalidade das temporadas anteriores. Minha expectativa era maior.
Episódio 4 – O episódio 4 sendo… o episódio 4
Todo fã de Stranger Things sabe: o episódio 4 sempre vem com tudo. E aqui não foi diferente — aliás, talvez tenha sido o melhor quarto episódio da série inteira.
A Netflix se superou na produção.
Demogorgons atacando.
Militares em confronto aberto.
Um massacre violento.
A primeira aparição de Henry como Vecna em sua forma mais mortal.
As crianças sendo puxadas por portais.
A sensação de que nada está mais sob controle.
Se um único Demogorgon já aterrorizou a primeira temporada, imagine um exército inteiro.
E então, finalmente, uma grande revelação: Will sempre foi especial — e agora ele tem poderes.
Faz sentido. Faz muito sentido. E é incrível ver isso acontecer depois de tantos anos de construção.
Dentro do Mundo Invertido, outra surpresa: a volta da Oito. Não é à toa — sua presença agora é crucial para o encerramento da saga. Só podemos imaginar o impacto de Onze e Oito juntas nesta guerra.
E a Max? Perdida em suas lembranças, finalmente encontrou sua saída. Holly não é uma personagem aleatória: ela é uma peça-chave para a libertação de Max — ou, pelo menos, é o que espero.
Conclusão
A guerra está só começando. O Volume 1 pode ter começado irregular, com atuações estranhas e ritmo truncado, mas termina de maneira explosiva, grandiosa e digna da série. As últimas cenas são de arrepiar — e entregam tudo que a temporada prometia desde o início.
Agora resta esperar pelo Volume 2.
Se depender do que vimos no episódio 4, vem aí o auge de Stranger Things.
E sinceramente?
A Netflix e os irmãos Duffer estão de parabéns.
Stranger Things já é uma série histórica — completa do início ao fim.









































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