Enfim, temos a primeira aparição de It em sua forma mais icônica: Pennywise, o Palhaço Dançarino. E que presença! Que aura! Esse cara chega dominando a tela — simplesmente absurdo.
O episódio começa retomando o ocorrido que cortou o olho de Marge. Como Lilly, sua melhor amiga, pôde fazer aquilo com ela? Mesmo Marge dizendo que foi apenas o óculos que quebrou, não é exatamente isso que parece quando alguém te encontra caída no chão com a amiga em cima de você segurando um bisturi. E é justamente isso que It quer: que todos pensem que Lilly enlouqueceu, que é perigosa, psicopata. Mas a verdade é que psicopata é pouco — Pennywise é praticamente a própria encarnação do diabo.
Essa mistura de política com terror tem aparecido bastante em séries e filmes, como em Stranger Things (principalmente na terceira temporada) e em A Maldição da Chorona, que também coloca elementos políticos dentro de um ambiente sinistro. Mas em Derry, não é só política — é a ambição pura, o desejo de poder, de superioridade. E o pior: a ideia absurda de usar It como arma de guerra. Na cabeça deles, seria fácil dominar o mundo: é só soltar a Coisa para matar todo mundo. Como se fosse simples assim. Políticos sendo políticos, né? Mesmo sabendo que a criatura é poderosa demais, mesmo sabendo que a tribo indígena a mantém presa ali por um motivo, o que eles querem é o de sempre: PODER. Então bora lá caçar o It, juntar um grupo do exército com metralhadoras, colocar Halloran com suas habilidades psíquicas, botar Taniel — o guerreiro da tribo — para proteger eles na linha de frente… e achar que vai dar certo. Essa é a genialidade do General Shaw.
Do outro lado da história, vemos o amadurecimento das crianças. Lilly, traumatizada, agora quer virar líder. Tem praticamente o mesmo pensamento do Shaw: “vamos lá pegar a Coisa”. A diferença é que elas não têm arma nenhuma. Só coragem. Ou inocência, talvez. Mas Lilly não teria tomado essa decisão sem um empurrão. Quem surge do nada? Matty. Ele aparece dizendo que fugiu dos esgotos e que Phil está vivo lá embaixo. Isso dá início à jornada: de um lado Lilly e seus amigos descendo para o esgoto; do outro, Halloran e seu batalhão fazendo o mesmo. E honestamente… não sei quem é mais fácil de enganar: os adultos, que caem nos pesadelos de Pennywise na primeira oportunidade, ou as crianças, que acreditam cegamente que Matty estava vivo. Com certeza você também não esperava — Pennywise entrega a melhor cena do episódio quando se revela, desmontando a ilusão de Matty e assumindo sua forma de Palhaço para perseguir suas presas.
E assim, além do primeiro grande momento do Palhaço, o episódio ainda deixa diversas perguntas no ar. A principal: o que é aquela caixa que Halloran protege tanto? E por que ele tem poderes? Até onde vai a força da arma de Rose, que impede It de sequer chegar perto (ou será que foi só protagonismo da Lilly salvando ela na hora H)? Outro detalhe: quando Pennywise abre a boca, não vemos a famosa “Luz da Morte”, tão marcante nos filmes. Por que isso? O que mudou? E a pergunta que mais me intriga: por que It atacaria o ônibus que levava Hank Grogan para a prisão de Shawshank? Sem dúvida Grogan ainda vai ter um papel enorme nessa história.









































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