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    Crítica: Quarteto Fantástico é o recomeço que a Marvel precisava

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    A Marvel Studios morreu após Vingadores: Ultimato. Essa é uma afirmação que vem se tornando cada vez mais recorrente desde o maior lançamento da Casa das Ideias em 2019. Com os novos lançamentos, ficou evidente que o estúdio passou a priorizar quantidade em vez de qualidade.

    Claro, tivemos exceções: Guardiões da Galáxia Vol. 3 (focado no encerramento do grupo de James Gunn), Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa e Deadpool & Wolverine — mas esses dois últimos são praticamente reféns da nostalgia. Casos isolados, fagulhas da antiga glória do MCU. E só.

    Mas então surge Matt Shakman com seu Quarteto Fantástico, exatamente quando a Marvel mais precisava.

    Shakman nos entrega uma obra leve, mas carregada de tensão, com um tom diferente do habitual, sem perder a essência Marvel. Aqui, somos apresentados a um novo universo — belo, vibrante e libertador — longe do peso excessivo que o próprio MCU criou com a obsessão por conexões e easter eggs. É um universo novo, com heróis mais impactantes que os Vingadores em sua própria realidade.

    Se com os Guardiões vimos estranhos virarem família, aqui o Quarteto já é família. Assistir ao filme é como sentar em um almoço de domingo. Shakman entende cada um dos personagens e os desenvolve com maestria — arrisco dizer: essa é a melhor adaptação dos quatro heróis para o cinema, sem exceções.

    O Reed Richards de Pedro Pascal é brilhante — e não por seus poderes elásticos (pouco mostrados), mas por sua verdadeira arma: a inteligência. Ben Grimm, o Coisa, é pura emoção sob a rocha: um tipo paternal, protetor e carismático. Johnny Storm, interpretado por Joseph Quinn, mantém o humor característico do Tocha Humana, mas não se limita a ser alívio cômico — ele tem função e peso na trama. Mas quem brilha de verdade é Sue Storm. Vanessa Kirby entrega uma atuação marcante: uma líder nata, forte, humana, e ao mesmo tempo mãe vulnerável. Enfim, uma adaptação à altura da personagem!

    Apesar da trama ser um pouco acelerada (facilmente assistiríamos a mais uma hora de filme), todos os personagens têm espaço. Galactus impõe respeito como vilão cósmico (sua primeira aparição é amedrontadora), Shalla-Bal, a nova Surfista Prateada, ganha uma presença intensa na voz e olhar de Julia Garner — mesmo que repita funções narrativas do antigo filme de 2007 — e até o bebê Franklin Richards, um dos seres mais poderosos dos quadrinhos, tem sua função na história.

    Quarteto Fantástico abraça com força o termo “adaptação de quadrinhos”. É, de fato, um gibi ganhando vida. Talvez inspirado pelo novo Superman, este filme não só reacende uma chama de esperança, como justifica com orgulho o subtítulo ‘Primeiros Passos’, afinal, talvez estejamos diante de uma nova — e fantástica! — era para o MCU.

    Nota: 9/10

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