Repetindo o último episódio, este também começa no hospital e, de novo, porque Carol fez alguma besteira. Logo no início já percebi algo bem claro pelo jogo de câmeras: a regra número 1 dos Pluribus, a igualdade. Todos os médicos que aparecem trabalhando ali são diferentes entre si: uma criança, uma mulher toda tatuada, uma mulher gorda, um homem negro. A mensagem é direta: para os Pluribus, todos são iguais. E isso diz muito, principalmente em um hospital, lugar onde no mundo real existe uma enorme pressão estética, social e elitista aquele estereótipo de que médico tem que ser do “alto padrão”. Em Pluribus, essa lógica não existe.
Mas diferente do episódio anterior, que teve muito diálogo, aqui o silêncio reina. Finalmente Carol conseguiu o que queria desde o primeiro episódio: ficar sozinha, em paz. O engraçado é ver como eles se afastam dela, como um casal brigado querendo falar, mas fazendo birra, tentando evitar contato, mesmo não vivendo bem sem o outro. E aí percebemos o paradoxo: Carol queria tanto ficar sozinha, mas agora parece que não consegue mais viver sem eles. Ela já sente necessidade da presença dos Pluribus, principalmente quando precisa de algo… mas agora tudo mudou. Mesmo com suas descobertas, ainda é só a ponta do iceberg. E essa ideia de forçar gravações, de mostrar tudo para os sobreviventes… não sei se é o certo. A verdade é que a maioria ali parece gostar da vida que leva. Isso me faz pensar: será que no futuro haverá um conflito direto? Carol tentando “curar” as pessoas, trazer tudo ao normal, enquanto outros talvez até sua maior rival, aquela que já ligou xingando porque o filho chorou lutam para manter tudo como está?
E finalmente vemos um animal nessa série! Cães revirando o lixo da casa de Carol. Isso me fez pensar: estamos tão focados nas pessoas e nos Pluribus que esquecemos dos animais. Onde eles estão? Eles também foram infectados? Mais para o final, os cães reaparecem e dessa vez parece mesmo que estão conectados com os Pluribus. Eles tentam desenterrar o local onde o corpo de Elen está enterrado. Isso levanta mil perguntas: os Pluribus querem o corpo dela? Eles descobriram alguma forma de ressuscitar pessoas? É fascinante imaginar uma mente-colmeia que abrange humanos e animais ao mesmo tempo.
Outra revelação perturbadora é sobre o leite. Por que eles bebem tanto leite? Sobre o pó branco misterioso encontrado na fábrica… Eu acho que Carol pode estar exagerando. Numa fábrica se mistura muita coisa para chegar no produto final, e tinham vários sacos de outros ingredientes por lá também. Às vezes aquele pó de pH neutro era só mais um componente entre tantos. Parece que Carol está começando a enxergar conspiração em tudo. E dá pra notar que sua mente já está um pouquinho abalada: como na viatura, quando ela não consegue tirar a arma apesar de ser só apertar um botão; ou quando ficou presa por dois dias na algema sem notar que a chave estava no próprio chaveiro da viatura que ela dirigiu.
Mas… parece que eu falei cedo demais sobre o pó branco. O episódio acaba jogando isso na nossa cara: quem procura, acha. Carol foi atrás da verdade — e justiça seja feita, ela é muito inteligente. Investiga do jeito certo, segue os passos, conecta pontos. E o que ela encontrou na fábrica? Será enfim a resposta para tudo? O choque no rosto dela diz muito. Pode ser surpresa, horror, ou as duas coisas. Há tantas possibilidades que nem vale perder a cabeça tentando adivinhar agora.
Resta esperar para o próximo episódio dessa que já é, sem sombra de dúvida, uma das melhores séries do ano.









































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