[CRÍTICA] Missão: Impossível

Quando a trilha sonora de Missão: Impossível composta por Danny Elfman começa a tocar, é impossível já não imaginar Ethan Hunt realizando seus majestosos desafios acrobáticos para executar seus objetivos. De 1996, Missão: Impossível é hoje um clássico moderno que resultou em uma das maiores franquias de ação no cinema, (quase) nunca sem desapontar.

No primeiro longa desta saga, somos apresentados à Ethan Hunt (Tom Cruise), um agente do governo que tem seu mentor, Jim Phelps (Jon Voigh), e sua equipe mortos em uma missão onde ele acaba sendo o principal suspeito. Agora, precisa roubar um arquivo no prédio da CIA para provar sua inocência.

Nas mãos de outro diretor, tal trama resultaria num provável relés filme de ação, mas com Brian De Palma comecemos o mais puro suco da espionagem cinematográfica. Longas (alguns inspirados por Alfred Hitchcock) como “Vestida Para Matar” e “Dublê de Corpo” deram bagagem para De Palma implementar o suspense necessário em Missão: Impossível, seus planos holandeses bem executados causam tensão necessária que nos prepara para o show de explosões que está por vir. Na realidade, o suspense aplicado por Brian De Palma é um fator quase que decisivo para que o filme ganhe a atenção do espectador, afinal, o roteiro trabalha com um plot facilmente previsível, mas que consegue ser preenchido pela tensão presente nos diálogos.

Um dos pontos altos (senão o maior) aqui é, sem sombra de dúvidas, Tom Cruise como Ethan Hunt. Não importa o ano ou o filme, Cruise nasceu para fazer clássicos heróis charmosos que salvam o dia no final. Hunt é o típico mocinho que, por mais que pareça estar perdendo sua disputa com o vilão, no final se revela sempre dois passos a frente com planos que seriam “de cair o queixo” se tivesse a colaboração do roteiro.

O fato de que Tom Cruise é por inteiro Ethan Hunt e vice versa é gigantesco, não só o ator combina completamente com o papel, como a necessidade que Cruise sente por se arriscar em cenas de ação e descartar um dublê ajuda em muito para a imersão e veracidade da história. O elenco de apoio é um fenômeno também, Emmanuelle Béart e Henry Czerny dão um show em seus papéis, Ving Rhames é esplêndido no papel de Luther e Jon Voigh se sobressai como Jim Phelps – mesmo sendo um antagonista sem grandes feitos.

Com quase 20 anos desde sua estreia, Missão: Impossível, com seus apetrechos tecnológicos e suas distintas máscaras, ainda hoje surpreende dentro de seu gênero,  uma belíssima película de ação que nos dias atuais se tornou um clássico da espionagem cuja existência inspirou (e continuará inspirando) diversas outras obras.

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